Os pets idosos exigem uma atenção maior em relação a sua saúde quando atingem a “terceira idade”, além de carinho e atenção. De acordo com o médico veterinário, Adelmo Guilhoto Miguel, de Sorocaba (SP), embora cada animal tenha sua particularidade, a regra é basicamente a mesma para todos: acompanhamento veterinário rigoroso.
O veterinário explica que os pets atingem a maturidade sexual muito cedo. Por volta dos 7 meses, cães e gatos já estão fisiologicamente aptos à reprodução. “Por isso, dizemos que o primeiro ano de um pet equivale a 15 anos de um ser humano. A partir daí, contamos em média 7 anos caninos para cada ano vivido por eles”, explica.
Para um cão ser considerado idoso deve ser levado em conta o porte e a raça do animal, pois quanto menor o tamanho, maior a expectativa de vida e consequentemente a fase de idoso será mais tardia.
“Um pinscher, por exemplo, é considerado idoso a partir dos 8 anos. Já com um dogue alemão, isso ocorre por volta dos 6 anos”, exemplifica Adelmo, ressaltando que pets idosos estão mais propensos a doenças cardíacas, renais e articulares. “Além disso, os tumores são uma realidade e representam grande desafio para nós, clínicos veterinários.”
Com essa nova fase na vida do bichinho, a rotina deve ser mudada. Adelmo reforça a necessidade de exames preventivos regulares realizados pelo médico veterinário. “Eles detectam precocemente as doenças e melhoram o prognóstico relacionado à qualidade de vida dos nossos velhinhos.”
Ele destaca que um dos exames mais solicitados é o SDMA, que detecta um quadro de insuficiência renal com aproximadamente 2 anos de antecedência, quando comparado ao perfil renal tradicional solicitado hoje nas clínicas. Também é comum a avaliação de alterações cardíacas através dos exames de ecodoplercardiograma, eletrocardiograma e pressão arterial sistólica.
Outro cuidado com os pets idosos é com a alimentação. Ela deve ser balanceada para evitar o sobrepeso, que prejudica as articulações. “Pequenas caminhadas são bem-vindas, desde que não existam problemas articulares graves. Escadas e degraus que colaborem com doenças articulares e discopatias devem ser evitados”, aconselha.