Espécie que vive na Mata Atlântica persegue correições de formigas e pode ser atraída em comedouro com frutas.
Entre tantas joias que ocorrem na Mata Atlântica, as aves se destacam, seja pelo comportamento, pela raridade, pela função que assumem na natureza, e claro, pelo colorido da plumagem.
Muitas espécies chamam atenção não exatamente por assumirem diversas cores, mas por terem as penas contrastantes e pequenos detalhes que fazem a diferença e despertam os olhares dos observadores. É o caso do tiê-de-topete (Trichothraupis melanops).
A ave de 17,5 centímetros tem cores neutras e menos chamativas, se comparada com uma saíra-pintor, por exemplo. Mas não passa desapercebida ao homem, principalmente por assumir a plumagem contrastante das asas, dorso, interior, face e topo da cabeça.
O peito é amarelo-enxofre, as asas são negras, o dorso é cinzento-oliváceo-escuro e a face se destaca pela máscara negra que vai do bico aos olhos. A grande marca da espécie, portanto, é o boné amarelo vivo, que dá origem ao nome popular.
A fêmea do tiê-de-topete não apresenta o mesmo traje do parceiro. Ela é mais discreta e não possui a máscara escura na face. O amarelo no topo da cabeça é quase imperceptível.
Alimenta-se de insetos, sementes e frutas como banana e mamão. Vive em florestas densas a pouca altura, podendo até descer ao solo, inclusive seguindo correições de formigas.
Vive aos pares e também pode ser encontrado em bandos mistos. Ocorre da Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul e o Mato grosso do Sul. Também é encontrado no Paraguai, na Bolívia e no Peru.
Fonte: G1.com