O amor de Sylvinha Araújo, a talentosa musa da “Jovem Guarda”, pelos cães começou tão cedo quanto sua carreira artística. Ela, que lançou seu primeiro disco com apenas 14 anos, fez sucesso com as músicas “Vou botar Pra Quebrar” e “Feitiço de Broto” numa época em que estrelas como Roberto Carlos, Wanderléia e outros ícones do movimento Jovem Guarda invadiam programas de auditório e faziam a cabeça da juventude.
Coincidência ou não, foi quando ganhou seu primeiro mini-pintcher do então namorado Eduardo Araújo, parceiro que a acompanha até hoje, depois de 30 anos de casamento. “Minha mãe não deixava eu ter cachorro, por que dizia que eles eram muito dependentes, davam muito trabalho”, diz.
Mas depois do cachorro de nome Igor, ela não teve muito o que fazer: o vírus da cinofilia atingiria a jovem cantora para sempre.
Sylvinha tem nove cachorros espalhados pela sua casa na Granja Viana, em São Paulo. Quando ficou grávida de sua filha Mônica, aos 18 anos, não podia mais dar atenção ao cãozinho. “Foi aí que arrumamos uma companhia para ele, chamada Pantera”. Desinteressada, a cadela da mesma raça resolveu cruzar só depois do terceiro cio.
Sylvinha mantém uma fisionomia alegre ao falar de sua relação com os cães, ” é maravilhoso, parece que a casa está sempre cheia de alegria. Não consigo imaginar a vida sem eles”.
Dos nove cachorros, cinco são da raça dachshund (os “salsichinhas”, como ela mesmo chama). Aliás, uma das características desta raça é gostar de participar de tudo que suas famílias fazem. As duas fêmeas (Babel e Salsicha) estão grávidas. “Logo, logo, teremos crianças pela casa”, diz.
Além destes, a maltesa Turmaline, o fila Baby, a doberman Pantera e dois rotweillers (thor e Isis) fazem parte da família. A paixão é tanta que até cachorros da rua foram recolhidos, mas só os pequenos. Isso porque a convivência entre eles, ao que parece, é um pouco complicada. Segundo Sylvinha, eles se relacionam bem entre si, mas é sempre melhor evitar deixar os de pequeno porte com os maiores, em especial com o casal de rotweillers e o fila.
Espaço para todos não falta. São cinco mil metros quadrados bem distribuídos e com muito verde, um dos motivos pelo qual a cantora confessa que não costuma levá-los para passear. Nem por isso os “salsichinhas” deixam de ser sociáveis, inclusive com os visitantes da nossa equipe.
Com tantos “filhos”, fica difícil eleger o preferido “mas é claro que sempre tem um com quem temos mais afinidade. A Salsicha é um doce e exige mais carinho. Já o Gordinho é o mais sociável”, acrescenta a mãe coruja, só pra não deixar dúvidas que eles são a alegria da casa. “Pra mim são como crianças”, define Sylvinha.